18 de fev. de 2009

O tapete: sujo de novo!

"Verdade que eu achei que você não foi nada pra mim. Que ilusão, doce, a minha. Esqueci de lembrar! Sim, esqueci que o tempo não importa! Quando você se entrega, cinco minutos de cumplicidade podem demorar anos para serem esquecidos. Ah, e agora? Lembrei tarde, e o meu castigo é não esquecer mais.. não esquecer aqueles poucos momentos, nem as poucas verdades compartilhadas. E eu já não sei que decisão tomar. Se coloco o doce pra fora, ou continuo sentindo o aquele leve sabor ser substituído por um gosto mais amargo..
Talvez tivesse sido melhor se você tivesse mentido, ou simplesmente sumido. Talvez assim a lembraça virasse um borrão no meu pensamento. E eu não precisaria mais pensar nisso, a não ser como uma pequena saudade. Mas quando você volta, e espalha no tapete tudo o que eu cuidadosamente tinha guardado, eu fico com raiva, e perdida. Com raiva, porque tudo o que eu arrumei, você bagunçou de novo. E perdida, porque eu não sei se quero arrumar de novo, ou me acostumar com a idéia que nem tudo é como eu quero que seja.
O que eu não consigo entender é o que se passa na sua cabeça. Qual é a sua intenção com essa desordem toda? Eu acho que nem você sabe.
Agora são mais noites sem dormir, inquietas, pensando no que você pensa, no que você não pensa, no que você deveria pensar. E vendo a sujeira se acumular na bagunça encima tapete. Eu fico me perguntando se vou ter coragem de limpar tudo, ou se vai continuar assim.. Eu me enrolando, fingindo não ver, e você feliz porque causou esse incômodo, na minha cabeça, na minha vida, na minha casa."

Beatrice Cartiller

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