19 de set. de 2012

O imperfeito que pode ser perfeito

Ultimamente tenho conversado com amigos, e visto que muitos andam desanimados com a perspectiva de ter um relacionamento, tanto homens quanto mulheres. Possuem diversas justificativas: vão de escassez de gente interessante à excesso de gente que não sabe – nem quer saber – o que quer da vida, nem com a vida. Também tem imaturidade, medo de se envolver, sofrimentos passados. Insegurança, traumas de família, valores revertidos. 

São diversos os motivos.

Eu, como boa idealista que sou, vim aqui levantar a bandeira da esperança. O que não significa, de forma alguma, que vou pintar perfeição e ilusões. Porque isso, diversos meios já fazem. Estímulos diversos insistem em nos fazer absorver a ideia de que casais são eternamente felizes e que nunca vai haver nada errado. Das razões para que os relacionamentos não deem certo, eu acredito que essa seja a maior delas. Essa insistência reiteirada de que a felicidade entre duas pessoas deve ser constante. Ora, como poderia? Se sozinhos, não conseguimos alcançar esse nível de perfeição existencial, como duas pessoas diferentes, juntas, podem fazê-lo?






Esse tabu de felicidade inerente, perpétua e inquebrantável, vou te contar, atrapalha bastante. As capas de revista e os filmes costumam estampar uma realidade fantástica sobre sorrisos e alegrias forever and all the time, que penetram no nosso imaginário e permeiam a nossa busca por felicidade. 



Não quero entrar nessa discussão, porque ser feliz é um conceito relativo demais e fluido, também. 
Mas, de uma coisa sabemos, mesmo sem querer admitir: nenhum estado das coisas dura para sempre. Se não é assim com a tristeza, também não poderia ser com a felicidade.

Por isso, queridos leitores, entendamos de uma vez por todas (eu incluída) que não existe relação perfeita. Isso significa que percalços no meio do caminho são parte integrante de qualquer relacionamento, envolvendo: dúvidas, constrangimentos, discussões, acessos extremos, amores e desamores, boas fases e outras não tão boas assim. Ouvi uma frase dia desses, que dizia que estar num relacionamento envolve ter outras opções todos os dias, e ainda assim fazer a mesma escolha. Do mesmo modo, podemos escolher fazer dar certo. Mas, esse tema pode enveredar por tantas questões que preciso me concentrar pra não perder o foco.


Por outro lado, uma observação que andei fazendo recentemente. E percebendo repetidamente. 
As pessoas não são, da mesma forma, imutáveis. 
Claro, algumas demoram mais tempo para aprender com os erros, evoluir, crescer. Mas, partindo do pressuposto que todas tem a mesma oportunidade de fazer da vida um instrumento de aprendizado constante, uma perspectiva interessante de encarar as coisas seria tentar desenquadrar tudo.


 Digo, as próprias pessoas, seus comportamentos, e a si mesmos. Sair da zona de conforto.
Sair da zona de conforto. Sair da zona de conforto. E arriscar-se. 
Eu sei, nada fácil.



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