14 de jun. de 2009

Pela janela aberta

Quando eu escrevo um título, normalmente não penso sobre ele. Vem de dentro. E eu costumo deixar que as palavras me levem, e talvez deem sentido ao que começou de um pensamento. Apenas pensamento.
É o que estou fazendo agora, o que ando fazendo, o que sempre fiz. Adoro pensar. Em situações loucas, ou possíveis, relembrar, reviver, criar pra que aconteça. E hoje eu me lembro de ontem.
Das amizades construídas? Dos dias felizes? Dos sorrisos compartilhados? Do choro na despedida? Do desespero quando algo deu errado? Da dedicação? Do medo do desconhecido? Da ansiedade pelo novo? Não. Hoje eu me lembro de ontem, ou de hoje, visto que não fazem nem 24 horas.
Mas de quê? Dos meus pensamentos, principalmente da minha capacidade de pensar coisas absurdas enquanto você falava. Mas não é que você tenha falado besteira, porque se isso tivesse acontecido, eu ia precisar ter me concentrado pra conseguir rebater e responder ao que você falava. Mas eu não precisei me concentrar, porque eu entendia tudo o que você dizia.. E por isso eu pude viajar, e pensar, porque, engraçado, me senti numa zona de conforto.
Às vezes precisamos de muitas conversas pra começar a sentir uma confiança maior, o que me surpreende é quando isso acontece na primeira. Não é confiar, de se expor. É confiar, de se mostrar. Mas eu acho que você entendeu, você entende, e, se não, vai entender. Não achei ruim, mas achei diferente. Tentando lembrar de quando isso aconteceu pela última vez, me surpreendo mais.
Não quero falar sobre isso mais do que falei, porque ainda não é hora.
Mas ainda preciso juntar as coisas, e explicar aonde todos esses pensamentos soltos se unem em uma bagunça que faça pelo menos sentido..
Aonde?
Na minha casa.
Como? A porta ainda não está aberta, mas, contrariando o meu pensamento controlador, alguma coisa entrou pela janela sem que eu tivesse percebido..
Esqueci de fechar. Na verdade, acho que no fundo eu deixei aberta, por alguma razão. Ainda espero entendê-la, por enquanto eu só desconfio.
E foi essa pergunta que eu te fiz. Porque você, e porque agora? Mas você não sabe me responder, porque não dá pra saber. Pode ser que seja só mais um vento forte, gelado, que bata no rosto, balance os cabelos, deixe uma brisa suave, e depois vá embora. Mas pode ser que fique. E esquente um pouco a minha casa, e assim eu possa desligar o aquecedor.. por algumas horas, dias, semanas, vai saber.
Eu resolvi, enquanto isso, parar. Sentar no sofá, respirar fundo e esperar pra ver o que vai acontecer..

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