8 de jun. de 2009

Sono e saudade.

Não sei de onde tirei esse título. Mas são dois sentimentos que me povoam nesse momento. Depois de uma jornada cansativa e intensa, mais ou menos dois meses seguidos, com poucos intervalos de calmaria, com muitas novidades e muita informação nova pra assimilar, estou um pouco cansada.
E, se antes o meu cansaço poderia ser sanado em dias de inércia, hoje ele precisa ser guardado, pra ir sendo sanado aos poucos. Um pouco amanhã, outro pedaço na quinta, um pedação no sábado. E domingo já tenho que voltar. Nada, nem vou poder parar. São momentos de descanso intercalados com momentos de responsabilidade. Porque essa não me escapa mais. Prefiro assim.
A saudade é nostálgica, do que já foi, e como era antes. Mas não é uma saudade do tipo querer que volte.. Só em curtos períodos, como poder passar uma semana inteira sem fazer nada, e sem precisar fazer. Porque eu posso passar sem fazer, mas aí vai acumular depois..
Ando me acostumando com essa vida de gente grande. Na escola, eu achava que minha vida era super digna de ser respeitada, eu estudava muito! Oh, que doce ilusão. E agora, que além de estudar, tenho que trabalhar, ir aos eventos do trabalho, cultivar minha vida social (composta de vários grupos de pessoas diferentes), achar um tempo pra cuidar de mim, um tempo pra ler, outro pra ver os filmes que gosto, ir pra faculdade, escrever no blog, parar tudo isso e respirar fundo, pra comecar de novo.. E ainda tem o trânsito. O querido e barulhento, de todos os dias, segunda a segunda. Os mal educados, os mal amados, os perigosos, os mal encarados.
A vida movimentada, como o trânsito das seis da noite, é assustadora, irritante, mas me faz falta, quando ausente. Já não me acostumo com a calmaria, isso aqui que agora vivo é o que eu estou aprendendo a chamar de casa, uma nova casa, adaptada, reformulada, criada e cultivada por mim mesma, do meu jeito. E por isso que em tão pouco tempo, tudo aqui já me faz falta.
Nada melhor do que o meu quarto e a paz de poder dormir sem ninguém pra me acordar. E aproveito isso com um sorriso no rosto, porque não sei até quando vai ser assim.
Aliás, nesse momento tenho sono, mas amanhã de manhã terei um dos meus momentos de descanso fracionado, e por isso estou aqui. Pra reportar, escrever, e não esquecer do que estou sentindo nessa fase, louca e adaptativa, da minha vida.
Estou me adaptando. Sim. Aos novos amigos, aos velhos novos amigos, aos velhos amigos que estão longe. Estou aceitando que os velhos sempre vão ser os velhos, que nada vai mudar no sentimento, mas que nem sempre dá pra ser tudo igual no dia-a-dia. E entendendo que os novos, não importa o tempo, podem se tornar tão importantes quanto os velhos, sem substituí-los..
Díficil é fazer com que os velhos entendam isso. Ah, um sábio amigo me disse uma vez: amizades são somadas, nunca divididas. Que bela frase e que lição ele me deu.
No auge dos meus medos, do meu egoísmo, da minha postura titubeante face ao novo, ele me dá um banho de água fria. E assim eu pude entrar, de certa forma, limpa. Não totalmente limpa, mas pelo menos, mais consciente. Porque eu já tinha me jogado uma vez, mas não tinha sido uma experiência tão boa.. Tanto que, dentre os amigos, poucos são velhos novos. Ou são velhos, ou são novos. Dessa fase intermediária, permanecem uns poucos, alguns necessários, extremamente necessários, outro apenas suficientes, no tempo que lhes cabe ou que lhes coube. Talvez não caiba mais.
Agora acho que vou dormir. Os pensamentos são muitos, se eu permanecesse aqui, escrevendo, de sono e saudade o assunto iria a outros e diversos carnavais.
Talvez o próximo título seja esse, carnavais. Ou então eu pule pro café, que também é um querido e muito velho amigo.
Até a próxima.

2 comentários:

  1. AMEI esse post...
    mas fikei mto triste qd comecei a ler...

    pq achei q vc dizer q sentia saudades de mim... :D

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...

    suas palavras, como sempre, me impressionam...

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  2. Sabe... eu estava tendo um feriado sem emoções..
    até chegar aqui..
    e ter o privilegio de ler esse texto.

    Sinto que faço parte de alguns desses amigos,
    ...daqueles que se permitem a intensidade mesmo sem um lance do olhar..
    .. daqueles que são autênticos mesmo não tendo o prazer da companhia...
    ... daqueles que simplesmente amam...

    QUe o amanhã seja o hoje é que o hoje sempre!

    do seu TWIN

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